terça-feira, 31 de maio de 2011

Um programa de música? Onde?

Hoje apercebi-me de uma coisa ao ler uma revista do social: o programa de música de eleição da nossa tv é o "Top+". Sem querer desfazer o programa e o seus intervenientes, a verdade é que o formato do "Top+" é simplesmente passar uns vídeos, fazer boas reportagens e ter umas bandas a actuar em playback.

E assim se dá destaque à música no nosso país.

Quando olho para o lado, mais propriamente para a Inglaterra, fico embasbacado com o "Later With Jools Holland", apresentado por próprio. Centenas de bandas nacionais e internacionais vão ao programa, tocam ao vivo, apresentam temas novos. Realmente dá-se protagonismo ao que importa: a música. Bem sei que Portugal não é Inglaterra, nem a RTP tem o dinheiro da BBC. Contudo, pergunto-me se um formato de televisão que não reflecte o potencial dos músicos deve ser aquilo a que damos destaque. Deve ser estranho para um músico ir "tocar" a um qualquer programa de televisão em playback apesar de estar a ser pago para o fazer, e não correndo riscos de se enganar. Ver um músico a fingir que está a tocar é quase tão doloroso como ver um bom actor num mau filme (Gary Sinise, isto é para ti.).

Falta-nos um espaço televisivo dedicado à música, nas suas distintas formas. Recordo-me de à uns anos atrás a Sic Radical ter tido algo deste género onde bandas actuavam ao vivo perante um público e câmeras. Onde é que esse programa está agora? Terá sido mais caro que uma telenovela ou um reality show? Ironicamente, tenho de dizer que sim porque acabou enquanto outro mercado televisivo proliferou. Não estou a julgar o que deve passar em prol do que não deve, simplesmente acredito que a cultura musical tem muito para oferecer ao povo português à parte dos tradicionais (e talentosos) grupos habitués e as dezenas de cantores pimba, portugueses e brasileiros, que fazem as delícias dos mais idosos nos programas matinais. Ao verificar que nos últimos anos têm emergido bandas excepcionais que singram lá fora mas cá são pouco conhecidas, talvez uma razão para essa situação seja o facto de que não sabemos quem são nem o que fazem porque ninguém me mostrou. E não é a frase "com a internet disponível, podemos saber tudo" que me convence, porque, demasiada informação até é mais confuso do que pouca. Posso saber muito mais sobre música, mas como é que a descubro?

O que podia ser feito? Fosse num canal generalista, até na RTP1, ou num canal por cabo, deveria existir um programa de televisão que tivesse como objectivo dar a conhecer artistas nacionais e internacionais através da sua música, com interpretações ao vivo e pequenas entrevistas. Bandas portuguesas não faltam. Antes que digam "Ah e como é que pagavas às estrangeiras para virem cá?", existem várias soluções. A que me parece mais viável é aproveitar os artistas que já vêm a Portugal actuar para participarem, fosse em actuações curtas ou acústicas ou mesmo gastando algum dinheiro. Sempre era mais interessante que gastá-lo em ordenados de funcionários públicos de topo.

O site Blogotheque e o "Later with Jools Holland" são dois extraordinários exemplos de veículos de promoção musical e cultura. Com orçamentos distintos, perspectivas diferentes, ambos chegam a um resultado digno de ser mencionado.

Por amor de deus, podemos começar a pensar em algo tão bom como isto?

Trent Reznor continua a merecer destaque.

A versão americana do livro de Stieg Larsson "The Girl With The Dragon Tattoo" tem a realização de David Fincher e como já se torna habitual nos filmes deste realizador, a banda sonora vai estar a cargo de Trent Reznor (que ganhou um Óscar o ano passado se bem se lembram). A primeira obra que se conhece é a versão de "Immigrant Song" dos Led Zepellin, mas com a voz negra de Karen O dos Yeah Yeah Yeahs.

domingo, 29 de maio de 2011

No mundo étereo de S.Carey


Grande parte da música que ouço vem directamente da editora Jagjaguwar. De lá surgem nomes como Bon Iver, Black Mountain, Oneida, Gayngs e agora S.Carey.
Sean Carey é conhecido por ser um dos músicos que integra os Bon Iver como baterista e percussionista e o ano passado lançou o fantástico "All We Grow", onde estão impressas as influências de Justin Vernon ou Sufjan Stevens através de melodias coladas por camadas de sons.
Podem descobrir mais sobre o música através do site oficial dele: www.scarey.org

Fica o vídeo oficial de "In The Dirt" e um pequeno concerto dado na City of Music.


Há pop nos Polarsets.


Através da Kitsuné, dei de caras com estes PolarSets. Deambulam pelo electrónico e o pop. Para já gosto do que ouço.

O minimalismo de Jamie Woon.

O britânico Jamie Woon só agora começa a ser conhecido por estes lados graças ao seu trabalho "Mirrorwriting" lançado em Abril deste ano. Seguindo a onda minimalista dos The XX e James Blake, Woon joga entre o RnB, o Hip-Hop e o electrónico para distribuir uma onda bem groovie com muito potencial para os dias de verão que se avizinham.
Este vai ser um daqueles álbuns que vai rodar bastante no meu carro.

James Blake @ Jools Holland Show

Este senhor é a principal razão para eu querer ir ao primeiro dia do Alive.
É simples entender o porquê.

sábado, 28 de maio de 2011

Gil Scott-Heron morreu aos 62 anos.


A editora confirmou: Gil Scott-Heron morreu ontem aos 62 anos.
As causas ainda não são conhecidas.
O músico, considerado como um dos grandes símbolos do hip-hop e do spoken word durante os anos 70, marcou uma geração de novos artistas como Q-Tip, Kanye West, Talib Kweli, Dr. Dre ao utilizar as letras como armas políticas conjugando com novos ritmos musicais. É da sua autoria a frase "The Revolution Will Not Be Televised", um dos grandes marcos da história do hip-hop.
Depois de uma batalha contra as drogas e de ter sido preso algumas vezes nos últimos anos, lançou o ano passado um último trabalho "We're New Here" em colaboração com Jamie XX, um dos melhores álbuns de 2010.

Ficará na memória o seu trabalho e a sua influência.

Mixtape #6


A Mixtape #6 está mais virada para o folk.
O tempo está uma merda portanto assenta...

Angus & Julia Stone - Take You Away
Bon Iver - Perth
Explosions In The Sky - Trembling Hands
Junip - Without You
The Head and The Heart - Honey Come Home
The Morning Benders - Little Riot
Boy & Bear - Rabbit Song
Laura Marling - Ghosts
Local Natives - Who Knows Who Cares
Fleet Foxes - Blue Ridge Mountains
The Tallest Men On Earth - Honey Won't You Let Me In
S.Carey - In The Dirt

quinta-feira, 26 de maio de 2011

SBSR, um cartaz completo


O SuperBock SuperRock está oficialmente fechado.

Os Dodos estão de volta

Os Dodos, duo composto por Meric Long e Logan Kroeber, lançaram "No Colour", um novo trabalho de onde já se pode ouvir "Companions".
Por aquilo que se ouve, estão bastante mais melódicos. Gosto.

Os The National @ Campo Pequeno

Já não é mera curiosidade que os The National venham a Portugal quase todos os anos, desde 2007. A verdade é que são uma das bandas alternativas com maior destaque em terras lusas como se viu no concerto de Terça-Feira no Campo Pequeno.

Para mim, esta foi a terceira vez que os vi ao vivo (mas a quarta que os ouvi a tocar graças à Antena 3 quando foram ao Sudoeste em 2007) e não me farto nem importo de pagar porque saio completamente satisfeito. Também são a minha banda favorita, o que pode influenciar um pouco este texto...

Anyway, o concerto foi mais atractivo que o da Aula Magna mas ao nível do que deram o ano passado no SBSR. E porquê? Porque os The National transformam a sua música quando tocam ao vivo, pondo de lado o seu cariz mais intimista e calmo, dando-lhes arranjos épicos, como se viu em "Bloodbuzz Ohio" ou "Conversation 16" ou na sempre deliciosa "About Today", um das músicas que mais aprecio de todo o historial desta banda. Sem comprometeram a beleza deprimente que está presente nas letras de Matt Berninger, os The National funcionam como uma equipa de futebol bem oleada: um trio de ataque composto pelos irmãos Dessner e Berninger, seguidos por um meio campo onde Scott Devendorf dá as cartas e na defesa/com tendência para ataque está Bryan Devendorf, talvez um dos bateristas mais inovadores da música rock dos dias de hoje. O que se vê e ouve em palco, é uma banda que sabe bem como dar expressão à sua música, sem se preocupar com clichés.

Foi um concerto com 2h de duração onde se viveram muitos momentos de "High Violet" e "Boxer", dando pouco espaço a "Sad Songs For Dirty Lovers". O Campo Pequeno estava repleto de pessoas, calor, cerveja e muito rock alternativo em doses cirúrgicas.
Não acreditava se não me contassem que estavam pessoas a chorar no fim do concerto. Ou que berraram furiosamente ao som de "Mr. November". Ou que, de olhos fechados, entoavam cada palavra de "Sorrow" como se vivessem a música (eu era um destes). Ou que em "Fake Empire", o público cantava numa só voz "We're half awake in a fake empire" quase em antecipação para 5 de Junho.

Foi um excelente concerto de uma banda querida dos portugueses.
Acredito que os The National são, nos dias de hoje, os reis do novo rock.
Pusemos de parte os Interpol e achamos os The Strokes uma banda porreira. Mas os The National, esses sim, são aqueles que temos em consideração.

Deprimente? Talvez.
Emblemático? Provavelmente.
Catártico? Sem dúvida.

A setlist do concerto foi a seguinte:

"Start a War"
"Anyone's Ghost"
"Secret Meeting"
"Bloodbuzz Ohio"
"Slow Show"
"Squalor Victoria"
"Afraid of Everyone"
"Little Faith"
"Abel"
"All The Wine"
"Sorrow"
"Apartment Story"
"Conversation 16"
"Lucky You"
"England"
"Fake Empire"

Encore 1

"Friend of Mine"
"Mr. November"
"Terrible Love"

Encore 2

"About Today"
"Vanderlyle Crybaby Geeks" (unplugged)

Como momento da noite, fica a fantástica versão de "Vanderlyle Crybaby Geeks" em formato acústico com um coro brilhante:

A crítica a "East River" dos Long Way to Alaska.


A minha crítica de "East River" dos Long Way to Alaska (vejam mais aqui)


"Braga não é no fim do mundo. Mas o Alaska sim. Então porquê chamarem-se “Long Way to Alaska?” Suponho que os quatro rapazes que integram a banda queiram um dia ir passear às terras da Governadora Sarah Palin, se bem que encaixavam melhor no Texas, onde acontece todos os anos o festival South By Southwest.

Sim, este é o primeiro elogio aos Long Way to Alaska.

A banda portuguesa oriunda de Braga, composta por Gil, Gonçalo, Lucas e Nuno, têm qualidade suficiente para irem ao Texas mostrar que por este Portugal cinzento, ainda existem almas capazes de dar alguma cor à situação.

Juntos desde 2009, estes rapazes encontraram o balanço certo de como fundir a pop, o folk e o acústico em melodias repletas de sons espaciais e intimistas. Também é certo que se notam influências de The Dodos, Bon Iver, Beirut, mas não são essas influências que definem o som dos Long Way To Alaska. A mistura de sons pessoais dá-lhes a personalização necessária para se destacaram no panorama musical português, juntando a isso uma calma sonora e ponderada que faz com que este “Eastriver” seja um dos mais belos álbuns portugueses do ano passado.

Não é por acaso que “United Colours Of Patapon” roda substancialmente nas rádios portuguesas. Uma excelente canção que nos agarra nos primeiros 15seg, nos mantem presos durante 3 minutos e quando nos larga de vez, deixa “Up, Down they run, down the road” marcado no nosso cérebro. Acreditem que vão repetir este verso várias vezes.

Já “Bad Bears”, mais ligado ao folk, mostra um lado intimista, menos expansivo, que reflecte o caminho que os Long Way To Alaska percorrem ao deambular pela mistura de sons com uma estética musical pouco usual por terras lusas.

Este “Eastriver” é um pedaço musical que merecia mais carinho pelo público português. Não se trata de uma banda com refrões orelhudos para novelas nem com idade suficiente para chamar público para um palco de um Alive, mas é de certeza uma banda que tem qualidade suficiente para chegar ao sucesso lá fora porque, sejamos sinceros, o nosso público ainda não tem cultura musical suficiente para dar o merecido valor aos Long Way to Alaska.

Não sei se vão chegar ao Alaska, mas vão chegar a sítios. Disso eu tenho a certeza."

Esta crítica foi publicada no site Imagem do Som.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Eles são Givers.


Os Givers, jovem banda de Louisiana, começam a dar os primeiros passos no circuito festivaleiro americano convencendo a crítica e o público em geral. Sob a alçada dos Dirty Projectors, o som deles está entre a pop dançável de Robyn, o indie rock dos Vampire Weekend, a esquizofrenia dos Dirty Projectors.
Como tal, o projecto é bastante agradável. É uma banda a ter em conta para este ano.

O que anda Patrick Wolf a fazer?


O camaleão Patrick Wolf tem um novo trabalho que sai no próximo mês, "Lupercalia". Este já é o segundo single, chama-se "House". Bastante viciante.

Para quem interessa ler.

Apesar do novo álbum de Bon Iver já estar a rodar nas colunas cá de casa, vou aguardar até ter o original para emitir um opinião.
Até lá, podem ir lendo as letras através do link: Letras do novo trabalho de Bon Iver

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Confissão das 16:26h.


Dispensava perfeitamente os


E trazia ao SBSR os



Two Door Cinema Club & TMN ao Vivo.

Os Two Door Cinema Club vêm abrir as hostilidades da nova sala de espectáculos de Lisboa, a TMN ao vivo, no Cais do Sodré (antigo Armazém F. No more Bar do Rio).
Apesar do bilhete ser caro, 20€, os miúdos irlandeses devem dar um bom concerto portanto se quiserem ir, despachem-se porque a entrada é restrita a um determinado número de bilhetes porque o resto é só por convite. Como é o meu caso (sim, meto nojo)

Os rapazes actuaram à pouco tempo no festival Big Weekend da radio BBC 1, como tal fica o que vai acontecer em Lisboa no dia 26 de Maio com "What You Know".

Corram, Digitalism, Corram.


Os Digitalism, senhores do "Pogo", têm um single para o novo álbum "I Love You Dude" que estará nas prateleiras em Junho.
A faixa chama-se "Forrest Gump" e conta com a voz de Julian Casablancas.
E sim, há aqui uma pequena obsessão com nomes de filmes.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Mixtape #5


A mixtape #5 está aqui, fresquinha como se quer.

Friendly Fires - Chimes
Lovett - The Fear
Does It Offend You Yeah? - We Are The Dead
Architecture in Helsinki - Escapee
Wolf Gang - Lions in Cages
Norton - Two Points
Alex Winston - Choice Notes
The Strokes - Under Cover Of Darkness
Kurt Vile - Freeway
The One AM Radio - An Old Photo Of Your New Lover
Kanye West - Street Lights
Magnetic Man & John Legend - Getting Nowhere
The XX - Intro
Jónsi - Sinking Friendships
The Wombats - Anti-D

Um pacto. "Lindesfarne II"

A música "Lindesfarne II" de James Blake já tem vídeo oficial.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

As covers de Bon Iver.

Enquanto o antecipado novo álbum de Bon Iver não está nas prateleiras das lojas de música (já está nos meandros do online se não quiserem esperar), fica aqui uma sugestão: tenham orgasmos musicais ao ouvir todas as covers que Justin Vernon já fez.

Para ouvirem, e fazer o download, só têm de clickar no link em baixo.

Quem diz que na Suécia não se faz boa música?

O trio sueco Peter, Bjorn e John, está de volta com "Gimme Some", um álbum repleto de músicas pop bem construídas com batidas bem contagiantes fugindo ao estilo de som mais complexo de "Living Things" de 2009. Também não andam às costas de "Young Folks" o que é bom porque repetir fórmulas de sucesso acaba por ser cansativo, especialmente nos dias que correm. Por outro lado, dificilmente vão ter tanto sucesso como nessa altura.

O cd tem bastantes músicas atrativas, se bem que o destaque vai para este "Dig a Little Deeper".
O álbum foi lançado no dia 28 de Março portanto está numa prateleira da Fnac se o quiserem adquirir.

Wild Beasts em Paredes de Coura


Os Wild Beasts estão de volta a Portugal, mais concretamente, ao Festival de Paredes de Coura no dia 17 de Agosto. Depois do SBSR do ano passado, é vez de irem a terras nortenhas apresentar o novo álbum, "Smother".

Podem escutar o single "Albatross" neste blog através do tag #Wild Beasts, aqui ao lado.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Eles são os New Villager.

Os New Villager são um novo vício, música e visualmente.

Os Junior Boys estão numa crise de adolescência.

Aproveitando a onda electro do post anterior, passo informação de que os Junior Boys estão à solta outra vez a partir de 14 de Junho com "It's All True". O último trabalho... bem, digamos que deixou um pouco a desejar, se bem que suceder a "So This Is Goodbye" também não era fácil. Para quem gosta de música electrónica, esse é daqueles cd's que devem ter em casa, comprado na Fnac.

Uma das faixas de "It's All True" já circula pela internet, "EP".
Estava à espera de algo mais, confesso. Fico com a ligeira sensação de que os Bag Raiders ou os The Presets já me apresentaram isto em algum lado, sem grandes diferenças.
We shall hear it...



A linha contínua de Calvin Harris.

Ainda não há muita informação sobre o novo álbum do Dj/produtor Calvin Harris, o escocês que está por detrás de muitos hits das pistas de dança como "Flashback" ou "I'm Not Alone".
Para já, só surgiu uma nova música chamada "Bounce" que conta a sempre boazona Kelis. Se o resto do álbum continuar neste espírito, então temos música para as noites de verão numa discoteca qualquer.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

"Calgary", o primeiro single do novo álbum de Bon Iver.

Fantástico.
Espaçoso.
Etéreo.
Sublime.
Distinto.









A guerilla musical de Banksy & Dangermouse.

Isto merece um destaque.

O que é que acontece quando um dos maiores produtores de música se junta a um dos mais reputados artista de rua? Perguntem à Paris Hilton.

A dupla, DangerMouse (dos Gnars Barkley, Rome) e Banksy(vejam "Exit Trough The Gift Shop") decidiram que estava na altura do álbum de Paris Hilton, "Paris", levar uma volta. Portanto, remisturaram as músicas, deram-lhes novos títulos como "Why Am I Famous?" e "What Have I Done?" e criaram uma nova artwork para o álbum.

Para terminar, criaram 500 cópias do novo trabalho e espalharam-no por 48 lojas de música da Inglaterra, desde a HMV até à Virgin passando por lojas de cd's mais pequenas.

A razão para isto tudo? Segundo os dois, "It's hard to improve on perfection, but we had to try."

A nova artwork, dada por Banksy:


Os Arctic Monkeys já não brincam em serviço.

Apesar de faltarem umas semanas para o lançamento de "Suck it and See" (dia 6 de Junho), os Arctic Monkeys dão que falar com cada música que se conhece do novo álbum.


"Don't Sit Down Cause I've Moved Your Chair"



"The Hellcat Splangled Shalalala"



"Library Pictures"


Os dramas de The Head and The Heart.


Depois de uns dias sem Blogger, finalmente estou de volta.

Aproveitei este fim de semana para conhecer melhor os The Head and The Heart.

Já tinha o álbum homónimo no Iphone à umas semanas mas ainda não tinha ficado entusiasmado o suficiente para ouvir de princípio ao fim, o que não costuma ser boa notícia. Aproveitei que fui para fora no fim de semana para descobrir se estes rapazes, e rapariga, eram algo de jeito ou não porque as opiniões online dividem-se. Por um lado, a Pitchfork arrasou-os mas por outro, a Spin considerou-os uma das bandas a ouvir no SXSW deste ano.

Confesso que gostei bastante do álbum. Não é nada de inovador ou verdadeiramente carismático, no entanto, abarcam o folk e o pop rock com uma musicalidade bastante atractiva como têm feito os Avett Brother e os Mumford and Sons nos últimos anos. O que mais gostei é que não se apresentam tão formais, ligados ao folk como as bandas referidas em cima, o que lhes permite deambular por outros terrenos mais ligados ao pop rock ao estilo de Dashboard Confessional. Liricamente, não me surpreenderia se os visse a cantar letras de Chris Carrabba ou vice versa. Paixões, dramas, amores, são os temas que ambos usam e abusam.

Apesar de não ser espectacular, são uma banda que vale a pena acompanhar.

Fica a minha música favorita, "Honey Come Home"



quinta-feira, 12 de maio de 2011

Mixtape #4

A mixtape #4 está aqui para vossa degustação.

Foals - "Ballons"
The Kills - "DNA"
Clock Opera - "Belongings"
Orelha Negra - "Tripical"
Shit Robot & Alexis Taylor - "Losing My Patience"
Yuck - "Shook Down"
Digitalism - "2Hearts"
The Naked and The Famous - "Young Blood"
Shy Child - "Liquid Love"
Miami Horror - "Moon Theory"
Magnetic Man - "Flying Into Tokyo"
Air France - "Collapsing At Your Doorstep"
Jamie Woon - "Night Air"
John Maus - "Believer"
Gang Gang Dance - "Glas Jaar"


quarta-feira, 11 de maio de 2011

O Sr. Rastafari.

1945 - 1981

Hoje faria 66 anos.
E teríamos oportunidade de ouvir "Exodus" ao vivo.

Comam o "Ice Cream" dos Battles.

Se há banda que toda a gente devia ouvir quando quer fritar um pouco (apesar de terem o "Fried My Little Brains" dos The Kills), são os Battles.

Quem os conhece sabe o que falo. Para quem ainda não teve o prazer de degustar a ciência musical dos Battles, tirem 7:07 min do vosso dia e ouçam "Atlas". Cuidado para não desataram a dançar como se fossem epilépticos ou tivessem Parkinson, especialmente no trabalho. É provável que quando o dia de labuta acabe, vocês já não retornem.


Já está? Então continuemos.

Os Battles têm um novo álbum pronto para sair dia 7 de Junho intitulado "Gloss Drop". O primeiro single deste trabalho chama-se "Ice Cream". Com o calor que está hoje, até é bom.


Dançamos ao som de The Very Best?


Pequenos, quereis abanar o capacete? Quereis dançar para espantar o calor?
Então ide fazer o download da nova mixtape dos The Very Best, "Super Mom".
Para o fazerdes, acede ao site dos The Very Best, colocai o teu email e faz o download do álbum. Podeis cantar juntamente com Baaba Maal, Maria Gasolina ou Afrikan Boy.

Download de Kanye West @ Coachella 11


Gotta L.O.V.E the Internet.

Em baixo, passo-vos um link no qual podem fazer o download do concerto de Kanye West em Coachella já este ano.

Podem (e devem) carregar aqui: Kanye West @ Coachella 11

Para o Verão? Friendly Fires.

Espero ansiosamente no meu canto pelo novo álbum dos Friendly Fires, "Pala", já que o trabalho homónimo anterior fez-me as delícias no verão de 2009. Por aquilo que ouço em "Hawaiian Air" vou abanar o capacete nos meses de calor que se avizinham.

"A Luta é Alegria" na viagem para casa.

Os camaradas da Luta ficaram pelas meias finais do Festival da Eurovisão de 2011 pá. Faltaram mamas, pernas longas combinadas com vestidos curtos, dançarinos e encanto pá. A música até que nem era má pá, mas sem kirikiri, não íamos lá pá.
O que é mais interessante neste assunto é que a Eurovisão andou na boca dos portugueses como se fosse a última coca cola do deserto pá. Um orgulho nacional diziam uns. Era o Festival da Eurovisão pá... Vamos focar-nos nos músicos portugueses que realmente dão cartas lá fora pá.

Fica para a sempre o cartaz: "The Struggle is Joy."

segunda-feira, 9 de maio de 2011

CCBeat - Concertos no CCB.


O CCB apresenta a sua nova linha de programação musical com três concertos duplos, num evento denominado por CCBeat (Podem obter mais informação ao clickar no link). Os concertos estão marcados para os dias 19, 20 e 21 de Maio no Grade Auditório do CCB:


Dia 19

LUME (Lisbon Underground Music Ensemble) & Dead Combo + Royal Orquestra das Caveiras

Dia 20

Kaki King & Aurea

Dia 21

Diabo na Cruz & Linda Martini


Os bilhetes custam:

BILHETES PARA 1 DIA

Plateias / camarotes 18€
Laterais / balcões 15€

Passe para 2 dias

Plateias / camarotes 30€

Laterais / balcões 25€


Passe para os 3 dias

Plateias / camarotes 40€
Laterais / balcões 35€

Os Gift afinal surpreendem.


Não sou fã dos Gift.
Apesar disso, admito que "RGB" é um excelente single.
Bom o suficiente para ouvir o resto do álbum numa FNAC qualquer.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Animal Collective no CCB.

E, senhoras e senhores, teremos o prazer de ver e ouvir os Animal Collective em Lisboa no dia 25 de Julho no Centro Cultural de Belém.
Aconselha-se a rápida compra de bilhetes.
Faço anos a 21 de Julho portanto alguém que se antecipe e faça de mim um tipo feliz. Eu guardo uma fatia de bolo extra.
Obrigado.

Buddy Holly nos dias de hoje.

Um tributo e pêras.
No dia 28 de Junho, é colocado à venda uma compilação das melhores músicas de Buddy Holly, interpretadas por artistas como She & Him, The Black Keys, Florence & The Machine, Fiona Apple ou Lou Reed.

O primeiro avanço é a versão de "Dearest" pelas mãos dos The Black Keys.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O Soul de Aloe Blacc em terras lusas.

Ontem, a Aula Magna virou igreja gospel no Bronx, NY.

O novo príncipe da soul, Aloe Blacc, deu o melhor concerto deste ano até agora em terras Lusas, arriscando-me a dizer que dificilmente algum artista em nome individual que venha a Portugal, irá conseguir superar o que se passou ontem em Lisboa.

Com dois álbuns na mala, "Shine Trough" de 2006 e o captivante "Good Things" de 2010, Aloe Blacc tornou-se num fenómeno da noite para o dia graças ao poderoso "I Need a Dolla" que faz parte da série da HBO "How to Make in America". A música encaixa que nem uma luva no conceito da série onde dois rapazes nova-iorquinos tentam viver o American Dream. Essa ideia foi transportada para "Good Things" onde o Aloe faz um transposição perfeita da América dos nossos dias com um estilo musical do passado que assenta no soul, funk, hip-hop, cozinhado com uma destreza e qualidade que não se via faz tempo.

Perante o estrondoso sucesso de "I Need a Dolla", não foi de estranhar que o concerto estivesse esgotado. O que ninguém estava à espera era que essa música fosse apenas mais uma entre tantas que levaram a Aula Magna ao rubro. Ao fim da primeira música, o público já estava de rabo levantado a abanar a anca e a brincar a brincar, o música tinha toda a gente na palma da mão sem qualquer esforço adicional.

Ele é James Brown, Aretha Franklin, Marvin Gaye, Curtis Mayfield, Michael Jackson, Jackson 5, todos misturados num negro com estilo impecável, movimentos dignos de um soul prince e uma voz brutal que tanto encanta nos falsetes como seduz com os graves. Por muitas comparações que se façam a Sharon King ou a Raphael Saadiq, Aloe Blacc é um artista por si só. O estilo musical é semelhante, mas porra, em palco a história é completamente diferente. Acompanhado pelos Grand Scheme (músicos do camandro, com destaque para o baterista), provou que sabe como manter o espírito soul vivo (aqueles passos de dança devem ter provocado muitos calores às meninas e a uns quantos meninos) sem ocupar o spotlight de forma abusiva, dando espaço para as músicas chegaram aos corações do público focando as atenções na letra, no ritmo às quais acrescenta uma pitada de carisma e satisfação pessoal.

Dois pormenores que me causaram curiosidade neste concerto foram que, primeiro, o público era altamente distinto. Tanto estavam pessoas mais velhas, como miúdos mais novos, como pessoas famosos, como pessoas de diferentes cores e estratos sociais. Isto significa que a sua música agrada a gregos e a troianos, ao contrário do provérbio. Cada um curtia o groove à sua maneira sem se incomodar com olhares estranhos. Segundo, não me recordo de ver uma Aula Magna ao rubro ao fim de duas músicas. Mas ao rubro mesmo ao ponto da temperatura da sala passar de aceitável para "Porra, que calor!". As músicas ao vivo ganham outra vida, uma outra realidade, que obriga as pessoas a virarem cabeças e a abanarem-se como se estivessem numa missa gospel em pleno Bronx.

No fim, ouvi alguém dizer uma frase que resumiu o concerto na perfeição: "Acabei de ter uma sessão de sexo e ninguém me tocou."
Assim se define um concerto de Aloe Blacc.

Fica ainda a nota de atenção para o carinho e ligação que o músico tem com o público porque ficou umas boas duas horas a dar autógrafos e a tirar fotos à porta da Aula Magna sem qualquer tipo de arrogância. Isto é de louvar nos dias que correm.

Se não conseguiram ir ontem, têm uma segunda oportunidade porque ele vai actuar outra vez em Portugal, no Cool Jazz Fest a 28 de Julho.

Deixo-vos com a setlist do concerto (fotografia da autoria da B.)

PS: M, obrigado pelo convite! Devo-te uma!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Radiohead ao vivo na BBC (Yay)


A BBC tem coisas bem porreiras. No próximo dia 1 de Julho, vai transmitir um concerto dos Radiohead onde os rapazes vão tocar na íntegra o seu mais recente trabalho, "The King Of Limbs", inserido no programa "From the Basement" que curiosamente é apresentado por Nigel Godrich, um dos produtores habituais dos Radiohead.
A estação de televisão irá distribuir o concerto no site do programa bem como para outros canais de televisão por esse mundo fora. Como me cheira que não vai haver nenhum em Portugal que pegue nisto (shame on you Sic Radical e RTP 2), liguem-se online no dia 1 de Julho ao site do "From the Basement" para verem o Thom Yorke a dançar. Ou a tentar. Ou algo parecido com Parkison.

Anyway, é bom.

(PS: têm dezenas de actuações para ver. Percam tempo a vasculhar o site.)

Os Orelha Negra vivem na minha aparelhagem

Esta música tem tocado furiosamente no rádio do meu carro.
E pronto. É isto.

terça-feira, 3 de maio de 2011

O curioso caso de Noiserv.



Desde 2009, que ouço falar de um tal de Noiserv, um músico que actua sozinho em palco com dezenas de instrumentos e que tem canções fenomenais. Foi assim que me venderam o peixe. Confesso que ao início não me senti curioso porque existem dezenas de bandas em Portugal das quais muito se fala e que no fim pecam por não trazerem nada de novo ou por estarem completamente escondidas do grande público, quase ao ponto de se tornaram mitos urbanos.

Até um dia.

Estava a conduzir na Radial de Benfica, com o rádio sintonizado na Radar, quando ouço uns acordes, um xilofone e penso: "Oh pá, o que é isto?". Que nem geek bem comportado, não esperei pelo fim da música para descobrir quem estava a tocar e ponho o meu Iphone a funcionar. Sai-me um nome, Noiserv. Quem era Noiserv? Como é que nunca tinha ouvido falar deste tipo?

Não é o meu espanto que ao procurar na net, descubro que o tipo não só é português como já andava pelas andanças musicais desde 2008. Tornei-me um fã nesse dia (muito graças à música "Mr.Carousel") e considero o David Santos (o mentor do projecto e a cara e voz de Noiserv) um dos músicos mais interessantes na cena musical portuguesa. A qualidade do seu trabalho é inegável, comprova-se com as três edições esgotadas de "One Hundred Miles From Toughtlessness", onde transforma as músicas numa espécie de teia melódica onde incorpora sons distintos que tocam em loop conforme os seus desejos. Mais parece um maestro que um músico. Como se isso não fosse já suficiente para atrair um público português cada vez mais atento à cultura, David tem a companhia da sua prima, uma artista gráfica que o acompanha nas actuações ao vivo preenchendo o espaço visual já que enquanto David canta, ela vai desenhando numa tela virtual o que permite criar uma ligação emocional entre o que está a ser cantado com os desenhos, numa espécie de sonho que se vai materializando.
Estes pequenos pormenores tornam o projecto Noiserv num dos mais belos momentos musicais da actualidade.
Por falha minha, ainda não vi um espectáculo ao vivo, algo que quero bastante.
Por muitos vídeos de Youtube que um tipo veja, não chega minimamente aos calcanhares de um espectáculo ao vivo.

Até lá, façam como eu. Vão ao link que está em baixo e ouçam todas as músicas de Noiserv.

Os Wild Beasts estão quase de volta.

O primeiro avanço do terceiro álbum dos Wild Beasts, "Smother".
Não tem a jinga de "The Devil's Crayon" mas continua a agradar os ouvidos.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Mixtape #3


É já amanhã que Aloe Blacc nos vai mostrar o soul e o funk que rapidamente o têm tornado num verdadeiro crowd pleaser. Em honra à boa música dos anos 70, aqui fica a terceira mixtape.

Curtis Mayfield - Move on Up
Charles Wright & the Watts 103rd Street Rhythm Band - Express Yourself
Bill Withers - Use Me
Booker T & The Mgs - Green Onions
Al Green - Here I Am
Gil Scott-Heron - The Bottle
The Isley Brothers - It's Your Thing
Funky Nassau Part 1 - Beginning Of The End
Aretha Franklin - Rock Steady
Rockers Revenge feat Donnie Calvin - Walking on Sunshine
Isaac Hayes - Theme From Shaft
Betty Wright - Clean Up Woman
Ray Charles - What I'd Say
Zaap - More Bounce to The Ouce
The Blackbyrds - Rock Creek Party


Iggy Pop no "American Idol"?


Esta é provavelmente a notícia mais estranha do dia (tirando a morte de Osama Bin-Laden claro). De acordo com o próprio, Iggy Pop terá sido convidado para participar no júri de "American Idol" substituindo Steven Tyler, vocalista dos Aerosmith. Ora, sendo Iggy Pop um ícone do punk e Steven Tyler uma marca do pior rock dos anos 80, talvez a opção de não participar neste género de concurso musical tenha sido a mais correcta. Sem contar que Iggy teria de estar vestido da cintura para cima e isso é inadmissível para o artista.

Recordo que Iggy Pop and The Stooges vão actuar no Alive 2011 no dia 7 de Julho.

Portugal na Pitchfork.

Dá-me algum orgulho ir à Bíblia da música que é a Pitchfork e ver que na primeira página está o vídeo de uma banda portuguesa.
Os Buraka Som Sistema a abrirem caminho.